O Livro dos Médiuns ou guia dos médiuns e dos evocadores

Allan Kardec

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XXIV

Falar-vos-ei da necessidade de observardes, nas vossas sessões, a maior regularidade, isto é, de evitardes toda confusão, toda divergência de ideias. A divergência favorece a substituição dos Espíritos bons pelos maus e quase sempre são estes que respondem às questões propostas. Por outro lado, numa reunião composta de elementos diversos e desconhecidos uns dos outros, por que meio se hão de evitar as ideias contraditórias, a distração, ou, ainda pior, uma vaga indiferença zombeteira? Esse meio quisera eu achá-lo eficaz e certo. Talvez esteja na concentração dos fluidos esparsos em torno dos médiuns. Unicamente eles, mas, sobretudo, os que são estimados, retêm na reunião os bons Espíritos. Porém, a influência deles mal chega para dispersar a turba dos Espíritos levianos. É excelente o trabalho de exame das comunicações. Nunca será demais aprofundarem-se as questões e, principalmente, as respostas. O erro é fácil, mesmo para os Espíritos animados das melhores intenções. A lentidão da escrita, durante a qual o Espírito se afasta do assunto, que ele esgota logo que o concebeu, a mobilidade e a indiferença para com certas formas convidas, todas estas razões e muitas outras vos criam o dever de só limitada confiança dispensardes ao que obtiverdes, subordinando-o sempre ao exame, ainda quando se trate das mais autênticas comunicações.

George (Espírito Familiar).

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