143. Com
o fim de melhor garantir a independência ao pensamento do médium,
imaginaram-se diversos instrumentos em forma de quadrantes, sobre os
quais se traçam as letras, à maneira dos quadrantes do telégrafo
elétrico. Uma agulha móvel, que a influência do médium põe em movimento,
mediante um fio condutor e uma polia, indica as letras. Esses
instrumentos só os conhecemos
pelos desenhos e descrições que têm sido publicados na América. Nada,
pois,
podemos dizer do valor deles; temos porém, para nós, que a só
complicação que denotam constitui um inconveniente; que a independência
do médium se comprova perfeitamente pelas pancadas interiores e, ainda
melhor, pelo imprevisto das respostas, do que por todos os meios
materiais. Acresce que os incrédulos, sempre dispostos que estão a ver
por toda parte artifícios e arranjos, muito mais inclinados hão de estar
a supô-los num mecanismo especial, do que na primeira mesa de que se
lance mão, livre de todo e qualquer acessório.